23 de jul. de 2011

Jose de Mesquita -

Acesse o link abaixo e obtenha informações de um dos fundadores da  Academia Mato-grossense de Letras.

http://www.jmesquita.brtdata.com.br/bvjmesquita.htm

27 de fev. de 2010

GÊNEROS LITERÁRIOS

"A Literatura é um instrumento de comunicação e de interação social, ela transmite os conhecimentos e a cultura de um povo. "


A literatura começou a existir no Brasil através da colonização européia pelos portugueses. Até então, a literatura portuguesa, formada e influenciada pela literatura greco-romana, seguia a tradição da divisão padronizada dos gêneros literários, a qual se fundamentou nos dias de hoje por meio do filósofo Aristóteles. Esta separação facilita a identificação das características temáticas e estruturais das obras, sejam elas em prosa ou em verso.
O texto literário se organiza em gêneros literários.
Os textos literários são divididos em dois grupos: textos em verso, textos em prosa.

Os textos em verso são os poemas, aqueles que são formados por versos; os textos em prosa são aqueles construídos em linha reta, organizados em frases, parágrafos, capítulos, partes etc.


Gênero lírico

O gênero lírico é o texto onde há a manifestação de um eu lírico, esse expressa suas emoções, idéias, mundo interior ante o mundo exterior. São textos subjetivos, normalmente os pronomes e verbos estão em 1ª pessoa e a musicalidade das palavras é explorada.

        E o resto do meu corpo inteiro.
Olhei até ficar cansado


De ver os meus olhos no espelho


Chorei por ter despedaçado


As flores que estão no canteiro


Os pulsos e os punhos cortados


                           (Titãs)

Gênero épico

Nos textos que pertencem ao gênero épico há a presença de um narrador que conta uma história que envolve terceiros.

Os textos épicos narram a história de um povo ou de uma nação, geralmente são textos longos envolvendo viagens, guerras, aventuras, gestos heróicos e há exaltação de heróis e seus feitos.
O narrador conta os fatos passados, apenas observando e relatando os feitos objetivamente, sem interferência, o que faz a narrativa ser objetiva.



Gênero dramático

O gênero dramático expõe o conflito dos homens e seu mundo, as manifestações da miséria humana. Os textos que são produzidos com o intuito de serem dramatizados pertencem ao gênero dramático, assim, os atores fazem o papel das personagens.

Fontes:http://www.brasilescola.com/literatura/generos-literarios.htm
http://www.mundoeducacao.com.br/literatura/os-generos-literarios.htm

24 de fev. de 2010

TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO-LITERÁRIO

Texto literário e texto não-literário

Quando indagamos a respeito do que é que distingue um texto literário do não-literário, percebemos que não há uma única resposta e sim várias respostas porém não definitivas, corroborando para a complexidade do assunto tanto posto em discussão. Podemos, no entanto, apresentar os critérios mais usados atualmente para caracterizar o texto literário e não-literário.

Distinguí-los com base no caráter ficcional ou não-ficcional já fora constatado outrora problema insolucionável, devido a impossibilidade de diferençar o real do fictício em certas situações concretas. Por exemplo, a história de uma aparição da Virgem Maria ou da intervenção de um espírito provocam risos num cético, mas são ouvidas com respeito por um crente.

Entretanto, modernamente, tem-se buscado a demarcação dos textos em outros campos. As análises mostraram que todo texto possui uma FUNÇÃO. Com base nesta conclusão, diz-se que o texto literário apresenta uma FUNÇÃO ESTÉTICA, enquanto o texto não-literário tem uma FUNÇÃO UTILITÁRIA (informar, convencer, explicar, responder, ordenar etc.).

NOTÍCIA

O texto acima pretende unicamente informar o leitor sobre o número de pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína nos Estados Unidos. Nele o texto é tecido de forma clara e direta e o plano de expressão remete a um único plano do conteúdo. Aliás, o conteúdo é o seu principal foco. Expliquemos melhor esse conceito do genebrino Ferdinand de Saussure.(Genebra, 26 de novembro de 1857 –Morges, 22 de fevereiro de 1913)
Autoridades dos Estados Unidos disseram nesta quinta-feira que o número total de casos de gripe suína no país subiu para 109.


Na quarta-feira, autoridades sanitárias dos Estados Unidos confirmaram que um bebê mexicano de 23 meses morreu no Texas vítima de gripe suína, o que configura a primeira morte causada pela doença fora do México. Kathy Barton, porta-voz do departamento de Saúde de Houston, afirmou que a criança havia viajado para a cidade para fazer tratamentos médicos.


Novos casos


Hoje, a Suíça e a Holanda confirmaram seus primeiros casos de gripe suína e a Espanha subiu o número de casos confirmados para 13 pessoas e o de possíveis contágios sob observação para 87.



Saussure considera a língua como um sistema de SIGNOS formados pela “união” do sentido, conceito ou idéia (SIGNIFICADO), e da imagem acústica (impressão psíquica do som), que vai ser o SIGNIFICANTE. Cada signo ou cada conjunto de signos articulados dentro de uma estrutura textual terá, obviamente, um PLANO DE EXPRESSÃO e um PLANO DE CONTEÚDO. Levando este conceito para o nível textual constatamos que todo signo lingüístico é DENOTATIVO.

DENOTAÇÃO é a significação objetiva da palavra. Pode-se dizer que é a palavra em estado de “dicionário”.
Podemos concluir em primeira instância que um texto em forma de notícia é considerado um texto-não literário porque possui, como principal característica, a função utilitária de informar o leitor. Seu tecido é constituído prioritariamente de signos lingüísticos de caráter denotativo cuja significação é sempre objetiva.

Agora, antes de chegarmos a FUNÇÃO ESTÉTICA do texto literário, voltemos a um dado sobre o signo lingüístico para melhor absorvermos esse processo sob outra forma. Um plano de expressão + um plano de conteúdo, eis o signo lingüístico por natureza. Entretanto, sobreposto ao significado DENOTATIVO implanta-se o significado CONOTATIVO, que consiste em um novo PLANO DE CONTEÚDO investido no signo como um todo.

CONOTAÇÃO é a significação subjetiva da palavra. Ocorre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela provoca.
Exemplo: Minha vida é um mar de dissabores.

Observe o texto abaixo:


Alma minha gentil, que te partiste


tão cedo desta vida descontente,


repousa lá no Céu eternamente,


e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,


não te esqueças daquele amor ardente


que já nos olhos meus tão puro viste.



E se vires que pode merecer te


algüa causa a dor que me ficou


da mágoa, sem remédio, de perder te,



roga a Deus, que teus anos encurtou,


que tão cedo de cá me leve a ver te,


quão cedo de meus olhos te levou.
                           Luis de Camões



Se no texto não-literário demos o exemplo da notícia, cuja função era de informar por meio objetivo o leitor e com o foco no conteúdo, o texto acima remete-nos a uma outra concepção: nele o conteúdo (trata-se, basicamente, da mulher amada que morreu e que deve repousar no céu, enquanto o amado deve viver triste na terra) fica evidentemente em segundo plano. A forma (plano de expressão) é o mais importante; cada signo rompe com seu significado racional para recriar certos conteúdos na organização da expressão.
fonte:http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/1655530.doc

20 de fev. de 2010

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO 1º ANO:

LÍNGUA
1. Fonética e Fonologia.

2. Morfologia.

3. Significação das palavras.

Sinonímia e antonímia, paronímia, homonímia e polissemia.

4. Figuras de linguagem.


5. Emprego dos sinais de pontuação.

6. Ortografia oficial e acentuação gráfica em vigor.


 
LITERATURA

1. Texto literário e texto não-literário.


2. Gêneros literários; textos em prosa e em verso;

3. Estilo de época na literatura portuguesa: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo.
 O Classicismo europeu e a literatura sobre o Brasil. A carta de Pero Vaz de Caminha. Gândavo,Cardim, José de Anchieta.
4. Estilos de época na literatura brasileira: Quinhentismo, Barroco, Arcadismo.

. O Barroco literário no Brasil. Recursos estilísticos, relações com outras artes e autores representativos. Padre Antônio Vieira, Gregório de Matos.

. O Arcadismo brasileiro. As idéias iluministas e a produção literária. Lirismo, sátira e épica
Características da escola e principais autores. Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama, Santa Rita Durão.

4. Obras literárias de leitura integral - Abordagem crítico:

- MEIRELES, Cecília. Os melhores poemas de Cecília Meireles. Seleção de Maria Fernanda. 11 ed.São Paulo: Ática, 1999.

- CONTOS Brasileiros 3. Para gostar de ler. v. 10. 18 ed. São Paulo: Ática, 2002.


REDAÇÃO
Produção de gêneros textuais /discursivos, como artigo de opinião, carta, resenha crítica, resumo, notícia, texto publicitário, convite etc., contemplando os seguintes aspectos:
A) Estruturação textual: adequação da organização textual aos diversos gêneros.

B) Elementos de textualidade: coesão, coerência, intencionalidade, informatividade e
intertextualidade.

C) Estilo: funções da linguagem; tipos de discurso (direto, indireto e indireto livre); denotação e conotação;  recursos argumentativos.

D) Linguagem: uso da norma culta da língua escrita; usos da linguagem adequados aos diferentes gêneros textuais/discursivos

ENSINO MÉDIO – 2º ANO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO / 2010
Revisão sobre classes gramaticais variáveis Substantivo / Adjetivo / Artigo / Numeral



 Classes gramaticais variáveis Pronome. Classificação e emprego / Verbo. Classificação, tempo, modo, pessoa, vozes aspectos.
Classes Gramaticais Invariáveis Preposição / Advérbio / Conjunção


 Predicação Verbal / Sujeito/A Palavra SE / Concordância Verbal (alguns casos)
Predicado/Predicativo / Complementos Verbais / Complemento Nominal / pronomes Oblíquos: Complementos Verbais X Complementos Nominais / Agente da Passiva / Adjunto Adnominal / Adjunto Adverbial / Aposto / Vocativo / Adjunto Adnominal X Complemento Nominal
LITERATURA
Romantismo Poesia / Prosa
Realismo / Naturalismo
Parnasianismo / Simbolismo
Pré-Modernismo / Vanguardas europeias (listas)
REDAÇÃO
O trabalho com textos em sala de aula ganhou uma enfoque especial no momento em que os PCNs de Língua Portuguesa evidenciaram a sua importância.

Concomitantemente com a proposta de leitura e produção de textos, surge a necessidade de se trabalhar os gêneros discursivos e textuais.
É fundamental que os estudantes compreendam que texto não são somente aquelas composições escritas tradicionais com a qual se trabalha na escola – descrição, narração e dissertação – mas sim que o texto é produzido diariamente em todos os momentos em que nos comunicamos, tanto na forma escrita como na oral.
Um ponto muito importante que Marcuschi (2002:25) destaca é que “em todos
os gêneros também se está realizando tipos textuais, podendo ocorrer que o mesmo
gênero realize dois ou mais tipos. Assim, um texto é em geral tipologicamente
variado (heterogêneo)”.
Os tipos textuais são definidos por seus traços lingüísticos predominantes:
aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas. Por isso um tipo
textual é dado por um conjunto de traços que formam uma seqüência e não um
texto. De acordo com Marcuschi (2002:27), “quando se nomeia um certo texto como
“narrativo”, “descritivo” ou “argumentativo”, não está nomeando o gênero e sim o
predomínio de um tipo de seqüência de base.
Trabalhar os gêneros textuais em sala de aula é uma excelente oportunidade

de se lidar com a língua nos seus mais diversos usos do cotidiano.
Se a comunicação se realiza por intermédio dos textos, deve-se possibilitar
aos estudantes a oportunidade de produzir e compreender textos de maneira
adequada a cada situação de interação comunicativa.
A melhor alternativa para trabalhar o ensino de gêneros textuais é envolver os
alunos em situações concretas de uso da língua, de modo que consigam, de forma
criativa e consciente, escolher meios adequados aos fins que se deseja alcançar.
(http://www.alb.com.br/anais16/sem03pdf/sm03ss16_09.pdf)

ROMANTISMO

                   ROMANTISMO
O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.


O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.

As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, Medievalismo ;temas religiosos, individualismo, nacionalismo, crítica social e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Veja algumas tendências e seus principais temas:

* Nacionalismo, historicismo e medievalismo:

Exaltação dos valores e os heróis nacionais, ambientando seu passado histórico, principalmente o período medieval.

* Valorização das fontes populares – o folclore:

Os autores buscavam inspiração nas narrativas orais e nas canções populares, manifestação do nacionalismo romântico.

* Confessionalismo

Os sentimentos pessoais do autor em dado momento de sua vida são expressos nas obras.

* Pessimismo

A melancolia do poeta inglês Lord Byron se faz presente em todas as literaturas, portanto há a presença do individualismo e do egocentrismo adquirem traços doentios de adaptação.

O “mal do século” ou tédio de viver conduz:

- ambiente exótico ou passado misterioso.

- narrativas fantásticas (envolvendo o sobrenatural)

- morte (como última solução)

* Crítica Social

O Romantismo pode assumir um caráter combativo de oposição e crítica social, observamos sua ocorrência na sua última fase



O ROMANTISMO BRASILEIRO

No Brasil, o romantismo coincidiu com a independência política em 1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista.
Considera-se a obra Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, publicada em Paris em 1836, como o marco inicial do Romantismo brasileiro.

A poesia romântica brasileira passou por diferentes momentos nitidamente caracterizados. Essas diferentes vagas são apontadas pelos estudiosos, que agrupam os autores segundo as características predominantes em sua produção, dando destaque a essas tendências. Embora alguns críticos estabeleçam quatro, cinco e até seis grupos, observa-se que os aspectos apresentados em relevo podem ser assim reunidos:

1º grupo – chamado de primeira geração romântica –, em que se destacam duas tendências básicas: o misticismo (intensa religiosidade) e o indianismo. A religiosidade é marcante nos primeiros românticos, enquanto o indianismo se torna símbolo da civilização brasileira nos poemas de Gonçalves Dias. Esse espírito nacionalista fez desabrocharem também poemas cuja temática explorou o patriotismo e o saudosismo. Nomes que marcaram o período: Gonçalves de Magalhães, Araújo Porto Alegre, Gonçalves Dias.

2º grupo – a segunda geração romântica – , por seu intimismo, tédio e melancolia, abraçou o negativismo boêmio, a obsessão pela morte, o satanismo. É conhecida como geração byroniana (numa alusão ao poeta inglês Lord Byron, um de seus principais representantes) e sua postura vivencial considerada o mal do século, por se tratar não apenas de um fazer poético, mas de uma forma autodestrutiva de ser no mundo. Destaques no período: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire. Algumas das obras de Castro Alves permitem enquadrá-lo no período. Sua visão da mulher, marcada pela sensualidade, distancia-se, porém, do lirismo idealizante que caracterizou as demais produções de poesia amorosa do período.

3º grupo – a terceira geração romântica –, voltada para uma poesia de preocupação social. Conhecida como condoreira (tinha como emblema o condor, ave que constrói seu ninho em grandes altitudes) ou hugoniana (numa referência a Vitor Hugo, escritor francês cuja obra de cunho social marcou o período), sua linguagem adquiria um tom inflamado, declamatório, grandiloqüente, carregada de transposições e de figuras de linguagem. Seus principais representantes, Castro Alves e Tobias Barreto, têm sua produção associada ao movimento abolicionista e republicano, respectivamente

A palavra romantismo designa uma maneira de se comportar, de agir, de interpretar a realidade. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, por uma atitude emotiva diante das coisas e esse comportamento pode ocorrer em qualquer tempo da história.

30 de jul. de 2009

Inep divulga questões-modelo do novo Enem para que inscritos possam se ambientar com a prova

MEC disponibiliza questões-modelo do novo ENEM
Circuito MT com informações Assessoria Inep/MEC30/07/2009

Foram disponibilizadas à meia-noite de ontem (29.07), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), um compilado de 40 questões-modelo do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As questões estão divididas entre as quatro áreas de avaliação: ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.
As questões foram disponibilizadas em quatro arquivos PDF.

ARQUIVOS: http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_linguagens_codigos.pdf

http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_matematica.pdf

http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_ciencias_humanas.pdf

http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_ciencias_da_natureza.pdf

A mudança do Enem o aproxima das diretrizes curriculares nacionais e dos currículos praticados nas escolas, mas sem abandonar o modelo de avaliação centrado nas competências e habilidades. Os exemplos de questões foram elaborados a partir de critérios técnicos e pedagógicos, com itens contextualizados e voltados para a realidade do cidadão.
A divulgação dos itens-modelo visa aproximar os futuros participantes da nova estrutura de prova do Enem, reformulado neste ano. O gabarito vai permitir a checagem das alternativas corretas e a melhor compreensão das habilidades abordadas, mas não será possível simular uma nota dentro da nova escala proposta para o Enem 2009, em Teoria de Resposta ao Item (TRI).
É importante lembrar que cada um dos quatro testes do Enem 2009 será composto por 45 itens de múltipla escolha, totalizando 180 questões. No dia 3 de outubro (sábado) serão aplicados 45 itens de ciências da natureza e suas tecnologias e 45 itens de ciências humanas e suas tecnologias. No dia 4 de outubro (domingo), serão 45 itens de linguagens, códigos e suas tecnologias e 45 itens de matemática e suas tecnologias, além de uma proposta de redação. Essa configuração permitirá ao Enem 2009 a aferição mais exata das proficiências de todos os participantes do exame.
Assessoria de Imprensa Inep/MEC
Perguntas freqüentesFale com o InepDúvidas sobre Arquivos

FONTES:http://www.enem.inep.gov.br/
http://www.circuitomt.com.br/home/materia/27332

26 de jul. de 2009

Trovadorismo



Introdução


Contexto histórico
Portugal é reconhecido como reino independente em 1143. Quinze anos antes, o Conde Afonso Henriques de Borgonha já havia sido sagrado rei, depois da batalha de S. Mamede, em que lutou pela liberdade do Condado Portucalense e da qual saiu vitorioso. Iniciava-se aí a primeira dinastia portuguesa: a Dinastia de Borgonha.
Essa dinastia tinha origens no sul da França, em Provença, o que explica a grande influência provençal durante a primeira fase da Era Medieval em Portugal. Assim, os costumes e a cultura dessa apresentaram fortes traços provençais, enquanto a estrutura socioeconômica era marcada pelo feudalismo.
Características gerais do Trovadorismo
O Trovadorismo desenvolveu-se num período em que a cultura era monopolizada pelo clero católico, detentor máximo do poder político e econômico.
Assim, é natural que a visão de mundo da época fosse marcada pelo teocentrismo — escala de valores determinada a partir dos próprios valores impostos pela religiosidade. Por essa razão, o homem dessa fase medieval privilegiava os bens do espírito, da alma, da vida pós-morte, em detrimento do corpo e da vida carnal, terrena.
Nas artes, houve destaque para o desenvolvimento da música e arquitetura, pois elas serviam ao propósito religioso daquele tempo: a música religiosa podia criar uma atmosfera extraterrena, envolvendo o fiel, e a arquitetura era empregada na construção de catedrais.
Na literatura houve maior desenvolvimento da poesia do que da prosa, pois a poesia apoiava-se na música e isso facilitava sua transmissão oral.
Principais manifestações literárias



Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.
Marco inicial
O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.


Trovadores
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros.
Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.
Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em:
Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e

Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

TEMAS:
Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia.
As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido.
As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens).
A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.

30 de abr. de 2009

Dica: livros para entender o Romantismo

5 livros para entender o Romantismo

Entre os principais conteúdos cobrados nas provas de Literatura dos vestibulares do País, se destaca o Romantismo. O movimento, que se desenvolveu na Europa na virada dos séculos XVIII para XIX, teve início no Brasil no ano de 1836, com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães.
Para o professor Vanderlei Vicente, dos cursos Unificado e PV Sinos, o vestibulando deve ter em mente algumas características da escola, como a idealização das relações e do caráter humano, o sentimentalismo exacerbado e, no Brasil, uma presença marcante do elemento indígena. O professor selecionou cinco dos principais romances do período, para ajudar a compreender a prosa romântica na literatura brasileira:
A Moreninha(1844), de Joaquim Manuel de Macedo - "Este romance merece atenção do estudante, por ser considerado o primeiro romance romântico brasileiro. Na obra, Augusto sente-se preso a uma promessa de amor feita anos atrás, o que o torna inconstante frente a outras possibilidades de relacionamento. Ao se apaixonar por Carolina, ele tem a doce surpresa: ela era a menina com quem havia trocado juras de amor no passado e que considerava digna de seu amor".

O Guarani(1857), de José de Alencar - "Este é o primeiro romance de temática indianista publicado pelo autor, que estabelece uma visão idealizada sobre a formação do povo brasileiro através do índio Peri e da portuguesa Cecília. A idealização do indígena fica evidente nas ações de Peri, que, em certo momento da obra, chega a oferecer-se para o sacrifício para salvar sua amada Ceci. No final do romance, a permanência de Ceci com Peri na selva dá um caráter fundador ao texto".

Inocência (1872), de Visconde de Taunay - "Uma das mais exploradas temáticas do Romantismo é a do amor proibido. Essa é a tônica do romance Inocência, que explora a paixão entre os personagens Cirino, um falso médico que atendia no interior do Brasil; e Inocência, jovem prometida por seu pai a um morador da região, Manecão Doca. Num desfecho trágico, a morte de Cirino impede a consagração do amor e, provavelmente, serve como motivador para a morte da melancólica Inocência".

A Escrava Isaura(1875), de Bernardo Guimarães - "Este romance apresenta a trajetória de Isaura, escrava paradoxalmente clara que é perseguida por seu senhor, Leôncio. Após fugir para o Nordeste, Isaura conhece e apaixona-se por Álvaro. O desfecho do romance é mais que feliz: Álvaro liberta Isaura das mãos de Leôncio ao pagar dívidas deste e tomar-lhe os bens. Vale lembrar que a obra obteve importância em sua trajetória por tratar de um tema polêmico para a época: a escravidão".

Memórias de um Sargento de Milícias(1853), de Manuel Antônio de Almeida - "Publicado em pleno Romantismo, paradoxalmente, uma das principais virtudes deste romance é o fato de ele fugir aos clássicos clichês românticos. Leonardo, visto como uma espécie de anti-herói (o narrador chega a afirmar que o protagonista escolhera ser um vadio), ascende na hierarquia militar com o apoio do major Vidigal. Os personagens apresentam valores questionáveis como se percebe na figura do padre (que se envolve com uma cigana), na mãe de Leonardo (que abandona a família e foge com um amante) ou mesmo de Vidigal (que ajuda Leonardo por ter interesses pessoais envolvidos)".

fonte:Redação Terra

16 de dez. de 2008

POEMA DE VITOR HUGO

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga
`Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

27 de nov. de 2008

Resumo de livro/ DOM CASMURRO - Machado de Assis


O narrador inicia o livro justificando o título e por que resolveu escrevê-lo. Chama-se Dom Casmurro, pois foi um apelido dado ao personagem principal Bento Santiago, e diz que escreve por falta do que fazer. Bento era filho de D. Glória, uma mulher bondosa. Vivia em sua casa em Matacavalos junto com seu tio Cosme que havia enviuvado, sua prima Justina também viúva e um agregado, José Dias. Seu pai já havia morrido. Dona Glória que havia perdido o primeiro filho fez uma promessa a Deus, que se lhe abençoace com um filho vivo este iria para o seminário quando fosse o tempo e tornaria padre. Nasceu-lhe Bento. Quando ele tinha seus quinze anos foi lembrada a sua mãe a promessa que fizera e que já era tempo de cumpri-la. Bento sabendo da sua partida próxima para o seminário foi ter com sua amiga, Capitu. Os dois eram amigos de infância e dessa amizade nasceu um amor. Ele lhe contou sobre a promessa e os dois desde já começeram a lutar buscando formas de evitar a separação que viria. Decidiram então pedir que José Dias lutasse por eles. Certo dia ao visitar Capitu, Bento lhe penteou os cabelos, ao terminar acabaram se beijando. O romance deles ia crescendo e tomando forças, e a ida ao seminário trazia o medo da separação, em uma tarde então juraram um ao outro que se casariam. O novo ano chegou e Bento foi para o seminário. Lá fez um amigo, Escobar, foi o único com quem cogitou contar a jura feita à Capitu, mas essa não lhe permitiu. Sempre aos sábados ele retornava a sua casa onde revia seus familiares e Capitu. D. Glória e Capitu se aproximavam e isso alegrava Bento que via a aprovação de sua mãe. Escobar logo passou a frequentar a casa dele e toda a família aprovou. Era agora amigo de Capitu também. Sendo assim, estanto os dois no seminário trocaram segredos, Bento lhe contou sobre o seu juramento e Esobar lhe contou que também não seria padre, amava o comércio. Em uma das visitas, Bentinho teve por Capitu um acesso de ciúme acreditando que ela lhe traia apenas por olhar com um rapaz que passava na rua. Capitu lhe disse que por mais uma lhe rompia o juramento. A essa altura D. Glória queria que Bento voltasse. Muitos planos para o abandono da promessa vieram, por fim ela tomou um orfão e esse foi encaminhado ao seminário, Bentinho aos vinte e dois anos era bacharel em Direito. Como tinha a aprovação da mãe casou-se com Capitu e foram pra Tijuca. Escobar havia casado com Sancha, uma grande amiga de Capitu, sendo assim se alternavam entre jantares na Tijuca e no Flamengo. Escobar logo foi pai de uma menina, mas a Bento não vinha essa benção. Até que esse foi pai de um filho único, Ezequiel. O tempo passava o menino crescia e tinha mania de imitar os outros, mania que tentavam lhe tirar, mas sem sucesso. Escobar morreu, durante seu velório Bentinho notou em Capitu um sentimento diferente embora ela não tenha chorado, a viúva de Escobar partiu para o Paraná com a filha. Ezequiel ia crescendo e nele se via Escobar rapaz. Bento via no filho o jeito de andar, rir, conversar, comer do amigo morto. O ciúme e a dúvida acerca de uma traição que se comprovava na igualdade de Ezequiel com Escobar pôs fim na família Santiago. Bento se mantinha longe e recluso, Ezequiel acabou indo para um colégio de onde só voltava aos sábados. E era nos dias de sua volta que Bento fugia de casa, ver o filho era comprovar a traição que sofrera. Bento já atorduado resolve suicidar, tentou, mas abandonou o plano. Por fim foram para Europa de onde apenas ele regressou, vivia então só, e às vezes viajava até a Europa apenas como disfarçe ao povo que lhe perguntava sobre a mulher e o filho, quando ia lá não os procurava. As correspondências que trocava com Capitu eram breves e secas, já as dela não. Sua mãe, tio Cosme, José Dias todos se foram. Este último antes de ver o regresso de Ezequiel. Ele voltou, Capitu havia morrido e estava enterrada nas terras da Suiça. Ver Ezequiel era ver Escobar, no jeito de rir, comer, falar, andar, em tudo. Mesmo assim Bento fez o papel de pai, financiou lhe uma viagem à Grécia, Egito e Palestina, pois Ezequiel amava a arqueologia. Ao fim, Ezequiel morreu de febre tifóide, foi enterrado em Jerusalém com as palavras “tu eras perfeito nos teus caminhos”. Dom Casmurro apenas conclui que sua maior amiga e seu melhor amigo foram unidos pelo destino e enganaram-o.
Por Rebeca Cabral

FONTE:http://www.vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/dom-casmurro.htm

30 de set. de 2008

Sábias palavras do filósofo Friedrich Nietzsche,

"Criar é a grande emancipação da dor e o alívio da vida;
mas para o criador existir são necessárias muitas dores e transformações.
Sim, criadores, é mister que haja na vossa vida muitas mortes amargas.
Sereis assim os defensores e justificadores de tudo o que é perecível.
Para o criador ser o filho que renasce, é preciso que queira ser a mãe
com as dores de mãe."
Friedrich Nietzsche, do livro Assim Falou Zaratustra

13 de set. de 2008

NIETZSCHE, UM DOS PENSADORES MAIS PROVOCATIVOS DA FILOSOFIA MODERNA


FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE
(1844-1900)
Filósofo alemão
Em 15 de outubro de 1844 nasce Friedrich Wilhelm Nietzsche, na cidade de Rocken, nas proximidades de Lutzen (Saxônia). Nietzsche inicia sua informação universitária na Universidade de Bonn, em filologia clássica, tendo como professor Friedrich Ritschl. Sofre influências deste professor, tendo início aí sua liberdade de olhar para a realidade, percebendo a seriedade nas coisas do dia-a-dia, distinguindo o real do irreal, adquirindo paciência frente suas buscas na vida. Advém daí também, o aprendizado essencial do estudioso, que é a paixão que o move e o torna íntegro intelectualmente. É indicado por Ritschl para lecionar na Universidade da Basiléia, sem haver concluído seus estudos. Diante desta indicação, Nietzsche recebe o título de Doutor pela Universidade de Lerpzing sem haver realizado exames. Este filósofo participou da Guerra Franco-Prussiana como enfermeiro voluntário (agosto a outubro de 1870). Herda, desta época, uma série de enfermidades que o acompanharão até o final de sua vida. Em 3 de janeiro de 1900 Nietzsche enlouquece e caí pelas ruas de Turim, iniciando aí um momento trágico em sua vida. Foi internado na Basiléia onde foi diagnosticado "paralisia progressiva". Nietzsche passou a assinar "O Crucuficado", "Dionísio". Provavelmente de origem sifilítica, a moléstia progrediu até a apatia e agonia. Passou a ser cuidado inicialmente por sua mãe que vem a falecer, e posteriormente por sua irmã. Falece a 25 de agosto de 1900 em Weimar. Sua vida foi marcada por episódios de profunda solidão, euforia e depressão. Além de filologia, Nietzsche estudou também filosofia e teologia. Foi leitor de Schiller, Fichte, Holderlin, Byron, Platão , Ésquilo, entre outros. Leu também Dostoievski. Identificava-se com a música do compositor Wagner e sentiu-se atraído pelo ateísmo de Schopenhauer. Criticava Sócrates por considerar sua influência racionalista, "decadente". Acreditava que com Sócrates, a Grécia antiga e a sua força criadora tiveram seu fim. Interpreta as obras de Wagner como o renascimento da grande arte grega, mas muda de opinião ao identificar neste compositor influências pessimistas de Schopenhauer e, assim, rompe com os dois. O conteúdo da filosofia de Nietzsche vem de sua própria contemplação do mundo, combinado com o método filológico e não da leitura e estudo de obras de outros filósofos. Filosofia, para este pensador, é uma questão de máxima seriedade, não sendo concebida como uma aquisição intelectual, e sim como uma visão de como o homem deve viver. A filosofia é capaz de determinar a natureza do mundo experimental e dos padrões relativos a racionalidade, que constituem e regulam a existência humana. Seu pensamento, orienta-se para a investigação empírica da existência humana. Concebe que o homem é estranho a ele mesmo e sua tarefa é de alcançar sua verdadeira existência, não deixando que ela resuma-se à um simples acontecimento insignificante. A filosofia de Nietzsche propõe uma inversão das idéias filosóficas e dos valores morais tradicionais. Procura criar um espaço ilimitado através do levantamento de questões críticas diante do que já está estabelecido. Para ele, não há verdade a respeito das coisas, somente diferentes interpretações possíveis da realidade, e por isso tudo passa a ser possível. Cabe a cada um dos homens interpretar estas sugestões de interpretações. Nietzsche considera o homem do destino como aquele que é capaz de contradizer o que está estabelecido, e através desta atitude acredita ter algo de novo a anunciar: contradiz o positivismo e sua crença no fato; contradiz os idealistas e historicistas; contradiz o espiritualismo e proclama a morte de Deus; contradiz a moral dos escravos e exalta a moral dos aristocratas; etc. A auto-contradição tem um papel importante para ele, pois para cada afirmação que faz, afirma também o seu contrário. Considera que a verdade das coisas está presente nas questões que dirigem-se à elas e não nas afirmações que se possa fazer a respeito delas. Isto aponta sua paixão pela aventura, pela incerteza e pelas coisas que ainda não foram descobertas, identificadas. Nietzsche define o niilismo da seguinte forma: "a conseqüência necessária do cristianismo, da moral e do conceito de verdade da filosofia." Através desta definição, Nietzsche usa o niilismo para qualificar sua oposição aos valores morais tradicionais e as tradicionais crenças metafísicas. Disto surge a idéia da "morte de Deus". Para o autor, Deus não passa de uma conjectura, e por assim ser o homem não pode vê-lo, ouvi-lo, etc. O Deus cristão, é para Nietzsche, um Deus que parece diminuir o valor e o significado do homem, desvaloriza o mundo e a vida na Terra em nome de sua própria glória. Este pensador questiona se é possível que haja valores universalmente válidos e uma vida significativa em um mundo sem Deus. Ao final, Nietzsche encontra no homem a fonte de seus próprios valores, sendo ela a medida de todas as coisas, surgindo assim a noção de "super-homem". Este ama a vida, cria o sentido da Terra, pois possuí a vontade de potência. O autor acaba por superar o niilismo ao desligar-se da idéia de que a existência seria uma fonte de sofrimento para o homem, como queria o cristianismo. Através do uso de aforismos e de poemas, Nietzsche trouxe grande contribuição à filosofia moderna. Seu aforismo é a possibilidade de existirem ao mesmo tempo a interpretação de algo e o que está sendo interpretado. O poema é ao mesmo tempo a possibilidade de avaliar algo e a própria coisa a ser avaliada. O autor considera que o filósofo deveria ser possuidor destas duas formas de expressão. Suas principais obras são: "O Nascimento da Tragédia" (1872); "Considerações Inatuais" (1873-1876); "Humano muito Humano" (1878 - refere-se ao rompimento com Wagner e seu distanciamento de Schopenhauer); "Aurora" (1881 - onde aparecem teses fundamentais de seu pensamento); "Gaia Ciência" (1882 - promete um novo destino para a humanidade); "Assim falou Zaratustra" (1883); "Além do Bem e do Mal" (1886); "A Genealogia da Moral" (1887); e em 1888: "O Caso Wagner"; "O Crepúsculo dos Ídolos"; "O Anticristo"; "Ecco Homo"; "Nietzsche contra Wagner" e sua última obra inconclusa "Vontade de Poder". Todo o seu pensamento exerce forte influência sobre a literatura, psicanálise, estética, filosofia, reflexão moral e filosofia da religião.
Acontecimentos culturais e históricos:
1843 - Kierkegaard - "Autaut" J.S.Mill - "Sistema da Lógica"
1846 - Morton - anestesia com éter
1847 - Europa - crise econômico financeira
1848 - Revolução na Europa Primeira Guerra de Independência Italiana Marx-Engels - "Manifesto do Partido Comunista"
1856 - O congresso de Paris
1859 - A Segunda Guerra de Independência Italiana
1861 - Itália - Proclamação do Reino
1861-1865 - Estados Unidos - Guerra da Secessão
1865 - Estados Unidos - abolição da escravatura Morre Lincoln - vítima de atentado Mendel - a lei da hereditariedade Berhard - "Introdução ao Estudo da Medicina Experimental"
1866 - Estados Unidos - igualdade civil dos negros Guerra Austroprussiana
1867 - Marx - "O capital" volume 1
1869 - Abertura do Canal de Suez Estados Unidos - ferrovia transcontinental
1869-1870 - Concílio Vaticano I: infantilidade do papa
1870 - Guerra Francoprussiana
1871 - Proclamação do Império Germânico A Comuna de Paris Darwin - "A Origem do Homem"
1876 - Itália - esquerda no poder
1877 - Japão - fim do feudalismo Édison - fonógrafo e microfone
1878 - Leão XIII - papa Congresso de Berlim Édison - lâmpada elétrica Tolstói - "Ana Karenina"
1879 - Wundt - Instituto de Psicologia Experimental
1882 - Tríplice Aliança1885 - Conferência de Berlim
1888 - Brasil - abolição da escravatura
1890 - Wilde - "O Retrato de Dorian Gray"
1892 - Fundação do Partido Socialista Italiano Diesel - motor a diesel
1900 - Zeppelin - dirigível
1901 - Freud - "Psicopatologia da Vida Cotidiana"

FIÓDOR DOSTOIÉVSKI


Fiódor Mikhailovich Dostoiévski foi uma das maiores personalidades da literatura russa, tido como fundador do Realismo.Sua mãe morreu quando ele era ainda muito jovem e seu pai, o médico Mikhail Dostoievski, foi assassinato pelos próprios colonos de sua propriedade rural em Daravoi, que o julgavam autoritário. Esse fato exerceu enorme influência sobre o futuro do jovem Dostoiévski e motivou o polêmico artigo de Freud: "Dostoiévski e o Parricídio".Em São Petersburgo, Dostoiévski estudou engenharia numa escola militar e se entregou à leitura dos grandes escritores de sua época. Epilético, teve sua primeira crise depois de saber que seu pai fora assassinado. Sua primeira produção literária, aos 23 anos, foi uma tradução de Balzac ("Eugénie Grandet"). No ano seguinte escreveu seu primeiro romance, "Pobre Gente", que foi bem recebido pelo público e pela crítica.Em 1849 foi preso por participar de reuniões subversivas na casa de um revolucionário, e condenado à morte. No último momento, teve a pena comutada por Nicolau 1o e passou nove anos na Sibéria, quatro no presídio de Omsk e mais cinco como soldado raso. Descreveu a terrível experiência no livro "Recordações da Casa dos Mortos" e em "Memórias do Subsolo".Suas crises sistemáticas de epilepsia, que ele atribuía a "uma experiência com Deus", tiveram papel importante em suas crenças. Inspirado pelo cristianismo evangélico, passou a pregar a solidariedade como principal valor da cultura eslava. Em 1857 casou-se com Maria Dmitrievna Issaiev, uma viúva difícil e caprichosa. Dois anos depois retornou a Petersburgo. Em 1862 conheceu Polina Suslova, que viria a ser o seu romance mais profundo. Em 1864, viúvo de Maria, terminou seu caso com Polina e em 1867 casou-se com Anna Snitkina.Entre suas obras destacam-se: "Crime e Castigo", "O Idiota", "O Jogador", "Os Demônios", "O Eterno Marido" e "Os Irmãos Karamazov".Publicou também contos e novelas. Criou duas revistas literárias e ainda colaborou nos principais órgãos da imprensa Russa.Seu reconhecimento definitivo como escritor universal surgiu somente depois dos anos 1860, com a publicação dos grandes romances: "O Idiota" e "Crime e Castigo". Seu último romance, "Os Irmãos Karamazov", é considerado por Freud como o maior romance já escrito.