MEC disponibiliza questões-modelo do novo ENEM
Circuito MT com informações Assessoria Inep/MEC30/07/2009
Foram disponibilizadas à meia-noite de ontem (29.07), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), um compilado de 40 questões-modelo do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As questões estão divididas entre as quatro áreas de avaliação: ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.
As questões foram disponibilizadas em quatro arquivos PDF.
ARQUIVOS: http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_linguagens_codigos.pdf
http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_matematica.pdf
http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_ciencias_humanas.pdf
http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_ciencias_da_natureza.pdf
A mudança do Enem o aproxima das diretrizes curriculares nacionais e dos currículos praticados nas escolas, mas sem abandonar o modelo de avaliação centrado nas competências e habilidades. Os exemplos de questões foram elaborados a partir de critérios técnicos e pedagógicos, com itens contextualizados e voltados para a realidade do cidadão.
A divulgação dos itens-modelo visa aproximar os futuros participantes da nova estrutura de prova do Enem, reformulado neste ano. O gabarito vai permitir a checagem das alternativas corretas e a melhor compreensão das habilidades abordadas, mas não será possível simular uma nota dentro da nova escala proposta para o Enem 2009, em Teoria de Resposta ao Item (TRI).
É importante lembrar que cada um dos quatro testes do Enem 2009 será composto por 45 itens de múltipla escolha, totalizando 180 questões. No dia 3 de outubro (sábado) serão aplicados 45 itens de ciências da natureza e suas tecnologias e 45 itens de ciências humanas e suas tecnologias. No dia 4 de outubro (domingo), serão 45 itens de linguagens, códigos e suas tecnologias e 45 itens de matemática e suas tecnologias, além de uma proposta de redação. Essa configuração permitirá ao Enem 2009 a aferição mais exata das proficiências de todos os participantes do exame.
Assessoria de Imprensa Inep/MEC
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FONTES:http://www.enem.inep.gov.br/
http://www.circuitomt.com.br/home/materia/27332
30 de jul. de 2009
26 de jul. de 2009
Trovadorismo
Introdução
Contexto histórico
Portugal é reconhecido como reino independente em 1143. Quinze anos antes, o Conde Afonso Henriques de Borgonha já havia sido sagrado rei, depois da batalha de S. Mamede, em que lutou pela liberdade do Condado Portucalense e da qual saiu vitorioso. Iniciava-se aí a primeira dinastia portuguesa: a Dinastia de Borgonha.
Essa dinastia tinha origens no sul da França, em Provença, o que explica a grande influência provençal durante a primeira fase da Era Medieval em Portugal. Assim, os costumes e a cultura dessa apresentaram fortes traços provençais, enquanto a estrutura socioeconômica era marcada pelo feudalismo.
Características gerais do Trovadorismo
O Trovadorismo desenvolveu-se num período em que a cultura era monopolizada pelo clero católico, detentor máximo do poder político e econômico.
Assim, é natural que a visão de mundo da época fosse marcada pelo teocentrismo — escala de valores determinada a partir dos próprios valores impostos pela religiosidade. Por essa razão, o homem dessa fase medieval privilegiava os bens do espírito, da alma, da vida pós-morte, em detrimento do corpo e da vida carnal, terrena.
Nas artes, houve destaque para o desenvolvimento da música e arquitetura, pois elas serviam ao propósito religioso daquele tempo: a música religiosa podia criar uma atmosfera extraterrena, envolvendo o fiel, e a arquitetura era empregada na construção de catedrais.
Na literatura houve maior desenvolvimento da poesia do que da prosa, pois a poesia apoiava-se na música e isso facilitava sua transmissão oral.
Principais manifestações literárias
Portugal é reconhecido como reino independente em 1143. Quinze anos antes, o Conde Afonso Henriques de Borgonha já havia sido sagrado rei, depois da batalha de S. Mamede, em que lutou pela liberdade do Condado Portucalense e da qual saiu vitorioso. Iniciava-se aí a primeira dinastia portuguesa: a Dinastia de Borgonha.
Essa dinastia tinha origens no sul da França, em Provença, o que explica a grande influência provençal durante a primeira fase da Era Medieval em Portugal. Assim, os costumes e a cultura dessa apresentaram fortes traços provençais, enquanto a estrutura socioeconômica era marcada pelo feudalismo.
Características gerais do Trovadorismo
O Trovadorismo desenvolveu-se num período em que a cultura era monopolizada pelo clero católico, detentor máximo do poder político e econômico.
Assim, é natural que a visão de mundo da época fosse marcada pelo teocentrismo — escala de valores determinada a partir dos próprios valores impostos pela religiosidade. Por essa razão, o homem dessa fase medieval privilegiava os bens do espírito, da alma, da vida pós-morte, em detrimento do corpo e da vida carnal, terrena.
Nas artes, houve destaque para o desenvolvimento da música e arquitetura, pois elas serviam ao propósito religioso daquele tempo: a música religiosa podia criar uma atmosfera extraterrena, envolvendo o fiel, e a arquitetura era empregada na construção de catedrais.
Na literatura houve maior desenvolvimento da poesia do que da prosa, pois a poesia apoiava-se na música e isso facilitava sua transmissão oral.
Principais manifestações literárias
Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.
Marco inicial
O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.
Trovadores
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros.
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros.
Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.
Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em:
Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e
Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).
Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.
Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia.
As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.
Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido.
As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).
Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens).
A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.
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