19 de jul. de 2008

EMBRIAGUE-SE



E se alguma vez sobre os degraus de um palácio, sobre a verde relva de uma vala, na sombria solidão de teu quarto, tu te encontras com a embriaguez já minorada ou finda, peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa, a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme. Pergunte que horas são.

E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio, te responderão.

É hora de se embriagar !!!

Para não ser como os escravos martirizados do tempo, embriaga-te.

Embriaga-te sem cessar.

De vinho, de poesia ou de virtude. A teu gosto...
Charles Baudelaire




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